Tenho acompanhado as
recentes notícias sobre o governo municipal de Chapadinha, sob a administração
da empresária e gestora pública Dulcilene Cordeiro, popularmente
intitulada – embora incoerente
esteticamente, segundo minha opinião – Belezinha. E gostaria de, para
contribuir com o debate, apresentar, também, a minha visão interpretativa sobre
os fatos e, indo além, do que pode estar sob os fatos.
Busco captar neste
texto o porquê de tantas ações que, pela ótica da administração pública e
política, não fazem o menor sentido e são, até mesmo, politicamente suicidas
para a gestora e seu suposto grupo político, ampliando e favorecendo a oposição
ao governo.
Quando apresentou-se
como candidata ao governo de Chapadinha seu discurso era o de trabalhar para o
bem comum e o combate a tudo o que apontava como errado nos governos
anteriores. Mas o que fica cada vez mais claro é que seu interesse pode ser
outro... o que contribui para isso a
ingenuidade do povo.
Por esta ótica pode-se
entender facilmente o porquê de tantas decisões apressadas envolvendo
movimentações supostamente irregulares e, até, ilegais, de recursos para
compras de bens e prestação de serviços sem o respeito aos trâmites legais e à
legislação específica; o anulamento de pessoas que, à revelia de seus desejos e
interesses, possam representar obstáculos ao seu raio de ação; o atraso e a diminuição
dos valores salariais.
A prefeita tem
imprimido sua marca na administração pública. Marca de empresária, preocupada com
o lucro, com a diminuição de custos, mesmo que, para isso, custe a diminuição
de serviços essenciais, como no caso da redução do número de hospitais a
serviço da população. Marca de mão de ferro sobre os negócios, sem muita
negociação equilibrada, sempre visando o ganho sobre o outro acima de tudo.
Isso se reflete até mesmo ao atingir aliados de campanha, como donos de postos
de gasolina. Doações de campanha podem ter sido bem vindos, mas qualquer
indício de ganho a mais por parte de, mesmo, um aliado, pode ser algo
repreensível ao extremo, mesmo que tal fato esteja amparado como lícito.
Mas, podem argumentar alguns, ela tem
produzido melhorias na cidade que atingem e beneficiam a toda população. Sim,
talvez seja verdade. Mas o custo de tais benefícios pode ser o aniquilamento da
democracia e da transparência das ações e gestão de recursos.
Apesar de tudo isso, a
gestora mal podia imaginar que a população chapadinhense ou, pelo menos parcela
dela, estava bem mais adiantada e esclarecida do que supusera e, como tem
acontecido, criaria mecanismos de resistência e produziria discursos
contra-ideológicos capazes de até mesmo, pelo andar da carruagem, revolucionar
a maneira de governar na cidade, garantindo a efetiva participação das muitas
vozes, interesses e demandas de partes da população até agora insatisfeitas e desassistidas
pela precariedade de políticas públicas sérias e comprometidas.
É o “fantasma” do esclarecimento e da
consciência política da população insatisfeita com sua maneira burguesa de
administrar, aliado à manifestação pragmática de uma oposição sintonizada com o
desejo de mudança para uma visão de mais justo que ronda a prefeitura e pode
estar causando pesadelos – e arrepios – à base governista e à prefeita.
Pensador Vermelho
IMAGENS:
http://sobrenatural.ueuo.com/fantasma.html
http://icommercepage.wordpress.com/2011/12/10/melhores-filmes-de-fantasmas/
http://noticias.uol.com.br/blogs-e-colunas/coluna/richard-branson/2012/02/09/fazer-o-bem-e-bom-para-os-negocios.htm
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