domingo, 12 de janeiro de 2014

O fantasma que perturba a base governista chapadinhense...

fantasmasTenho acompanhado as recentes notícias sobre o governo municipal de Chapadinha, sob a administração da empresária e gestora pública Dulcilene Cordeiro, popularmente intitulada  – embora incoerente esteticamente, segundo minha opinião – Belezinha. E gostaria de, para contribuir com o debate, apresentar, também, a minha visão interpretativa sobre os fatos e, indo além, do que pode estar sob os fatos.

Busco captar neste texto o porquê de tantas ações que, pela ótica da administração pública e política, não fazem o menor sentido e são, até mesmo, politicamente suicidas para a gestora e seu suposto grupo político, ampliando e favorecendo a oposição ao governo.

Quando apresentou-se como candidata ao governo de Chapadinha seu discurso era o de trabalhar para o bem comum e o combate a tudo o que apontava como errado nos governos anteriores. Mas o que fica cada vez mais claro é que seu interesse pode ser outro...     o que contribui para isso a ingenuidade do povo.  

Prática do bem nas áreas social e ambiental poderá tornar-se a força impulsora do capitalismoPor esta ótica pode-se entender facilmente o porquê de tantas decisões apressadas envolvendo movimentações supostamente irregulares e, até, ilegais, de recursos para compras de bens e prestação de serviços sem o respeito aos trâmites legais e à legislação específica; o anulamento de pessoas que, à revelia de seus desejos e interesses, possam representar obstáculos ao seu raio de ação; o atraso e a diminuição dos valores salariais.

A prefeita tem imprimido sua marca na administração pública. Marca de empresária, preocupada com o lucro, com a diminuição de custos, mesmo que, para isso, custe a diminuição de serviços essenciais, como no caso da redução do número de hospitais a serviço da população. Marca de mão de ferro sobre os negócios, sem muita negociação equilibrada, sempre visando o ganho sobre o outro acima de tudo. Isso se reflete até mesmo ao atingir aliados de campanha, como donos de postos de gasolina. Doações de campanha podem ter sido bem vindos, mas qualquer indício de ganho a mais por parte de, mesmo, um aliado, pode ser algo repreensível ao extremo, mesmo que tal fato esteja amparado como lícito.

Mas, podem argumentar alguns, ela tem produzido melhorias na cidade que atingem e beneficiam a toda população. Sim, talvez seja verdade. Mas o custo de tais benefícios pode ser o aniquilamento da democracia e da transparência das ações e gestão de recursos.


Apesar de tudo isso, a gestora mal podia imaginar que a população chapadinhense ou, pelo menos parcela dela, estava bem mais adiantada e esclarecida do que supusera e, como tem acontecido, criaria mecanismos de resistência e produziria discursos contra-ideológicos capazes de até mesmo, pelo andar da carruagem, revolucionar a maneira de governar na cidade, garantindo a efetiva participação das muitas vozes, interesses e demandas de partes da população até agora insatisfeitas e desassistidas pela precariedade de políticas públicas sérias e comprometidas.  
história de fantasmaÉ o “fantasma” do esclarecimento e da consciência política da população insatisfeita com sua maneira burguesa de administrar, aliado à manifestação pragmática de uma oposição sintonizada com o desejo de mudança para uma visão de mais justo que ronda a prefeitura e pode estar causando pesadelos – e arrepios – à base governista e à prefeita.

Pensador Vermelho 


IMAGENS: 
http://sobrenatural.ueuo.com/fantasma.html 
http://icommercepage.wordpress.com/2011/12/10/melhores-filmes-de-fantasmas/ 
http://noticias.uol.com.br/blogs-e-colunas/coluna/richard-branson/2012/02/09/fazer-o-bem-e-bom-para-os-negocios.htm 

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